Memórias de uma época - XII

20160326

O som da sirene no vale

Divinópolis é cheio de história...

A sirene (que já foi apito) “da Rede” é um típico bem histórico material e imaterial, tombado pela Lei Municipal 5.560/2003, em “referência à identidade, à ação, à memória e à alma do povo de Divinópolis”.

Por ser acionada dez vezes ao dia e com precisão, passou a ser ouvida como um relógio sonoro, nas manhãs: 6h30 (junto com o campanário de Santo Antônio), 6h45 e 6h55. Em 2002, na iminência de ser desativada, vários setores da sociedade reagiram de forma surpreendente, requerendo a sua permanência e funcionamento.

O pedido foi alcançado com manifestação da comunidade do bairro Esplanada e a intervenção de Maria Cristina Melo Mendes e outros funcionários da unidade Divinópolis junto da presidência da Ferrovia Centro Atlântica (FCA). O dirigente, pessoa que valorizava a memória ferroviária, se sensibilizou com a causa, encorajado estava pelo interesse da intelectualidade local, divulgado pela imprensa.


FLAGRANTE

Este é o momento solene em que acompanho o maquinista Davi Guerra (o mais antigo ferroviário vivo) acionando a sirene restaurada. Davi Guerra já tinha completado 100 anos de idade e fez questão de estar acompanhado de seu foguista, também da mesma idade, o que ocorreu logo em seguida – os dois lúcidos e alegres com o momento.

Atualmente, um grupo de pesquisadores de Divinópolis estão reconstruindo a história do bairro Esplanada (a Vila Operária de 1917), a partir da oralidade e documentos de moradores e descendentes dos primeiros. Maria Cristina Melo Mendes e Sandra Guimarães, da comissão editorial, estão em trabalho de campo e fazem os primeiros levantamentos documentais, bibliográficos e junto a famílias tradicionais O histórico maquinista Davi Guerra, ao lado do jornalista Flávio Flora,
aciona a velha sirene de tantos significados

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